terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

População árabe se levanta contra autoritarismo.


Os países árabes passam por uma onda de manifestações contra tradicionais regimes autoritários que duram há décadas. Um movimento que começou com a queda de Hosni Mubarak, no Egito, e Ben Ali, na Tunísia pode mudar a história.
Desde os levantes populares que levaram à renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, o mundo árabe vive um movimento histórico de luta contra o autoritarismo. Manifestações populares também forçaram a saída do presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro.
Na Líbia, a cidade de Benghazi, tem concentrado os protestos contra o regime do coronel Muammar Khadafi, no poder há quase 42 anos. Mais de 200 pessoas teriam morrido e ao menos 900 ficaram feridos nos últimos dias. 

Efeito dominó
No Bahrein, os protestos explodiram no dia 14 de fevereiro. O país viveu uma jornada de manifestações com uma tentativa frustrada de greve geral convocada pela oposição, enquanto o povo espera o diálogo. Escolas mantiveram portas fechadas e foi possível notar uma paralisação parcial das empresas, mas a greve não conseguiu parar o país. Manifestantes continuam na praça Lulu, epicentro da revolta. A polícia se retirou do local que foi vigiado por forças de segurança.
Ontem, milhares de pessoas se concentraram no Marrocos para exigir justiça e menos poderes para o rei, no primeiro movimento deste tipo na nação desde o início da onda de rebeliões contra vários regimes do mundo árabe. Aproximadamente mil pessoas se reuniram no centro de Casablanca, principal cidade marroquina. Em Rabat, mais quatro mil, segundo os organizadores, protestaram.
No Irã, a filha do ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanyani, Faezeh Hashemi, foi detida quando gritava slogans provocadores para incitar as pessoas. Ela também participou de manifestações em junho de 2009, após a polêmica reeleição de Mahmud Ahmadinejad.
Os conflitos também seguiram no Iêmem. Centenas de estudantes protestaram na Universidade de Sanaa. Eles gritavam contra o governo do presidente Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos. Defensores do regime estavam agrupados a 100 metros dos manifestantes, mas um cordão de policiais os impediram de invadir a passeata, como tem ocorrido nos últimos dias.

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